segunda-feira, julho 30, 2007

Sines I

Tantas coisas boas para dizer do fim-de-semana em Sines...
Mas hoje não sai nada...
Estou em plena recuperação de varias noites mal dormidas, de muitos quilometros a pé entre o parque de campismo e a praia, da viagem, dos copos, das gargalhadas, que canseira...
Curtir que nem uma maluca cansa...

quinta-feira, julho 26, 2007

Sines



Não é a minha praia de eleição, mas vai fazer as minhas delicias nos próximos três dias...
Estou de partida hoje para o Festival de Musicas do Mundo de Sines e mal posso esperar para por o pé na areia, para ouvir boa musica, e para descontrair...
È isso, a palavra de ordem é mesmo essa, descontrair!

quarta-feira, julho 25, 2007

"O amor em tempos de cólera" II

Talvez a história de amor mais bonita que li. Mais pura, mais terna.
Uma consciência tão grande de que há sentimentos que podem perdurar toda uma vida e que nem a velhice, nem o corpo descaído, nem os tédios e os terrores do tempo a passar podem mudar aquilo que de mais verdadeiro existe dentro de uma pessoa.
Pensarei eu a vida da mesma forma quando chegar aos oitenta anos? Poderei eu aos oitenta anos viver a plenitude dos sentimentos que aos dezoito são afoitos, passageiros e incertos? Poderemos todos nós chegar ao fim da vida e ainda ter tempo para corrigir os enormes erros de julgamento que fomos fazendo e que nos foram conduzindo para um direcção ou outra?
È inesperado. Nunca saberemos se vamos lá chegar, mas ao fechar este livro, ao ler a ultima frase, fechei os olhos e fiquei por estantes a apreciar a bela sensação de esperança que me deixou.
A esperança de que estamos sempre a tempo de começar a viver…
Dá menos medo ver o tempo a passar assim, se acreditarmos que há sempre tempo para recuperar as oportunidades perdidas…
Dá menos medo ver que afinal existe, esse sentimento existe e pode durar uma vida…

segunda-feira, julho 23, 2007

Gilda

Obregon: You two kids love each other pretty terribly, don't you?

Johnny Farrell: I hate her!

Obregon: That's what I mean. It's the most curious love-hate pattern I've ever had the privilege of witnessing.

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Gilda: Got a light?

Uncle Pio: Yes, Mrs. Mundson. It is so crowded here and yet so lonely.

Gilda: How did you know?

Uncle Pio: You smoke too much. I noticed only frustrated people smoke too much and only the lonely people are frustrated

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Gilda: You do hate me, don't you, Johnny?

Johnny Farrell: I don't think you have any idea of how much.

Gilda: Hate is a very exciting emotion. Haven't you noticed? Very exciting. I hate you too, Johnny. I hate you so much I think I'm going to die from it. Darling... [they kiss passionately]

Gilda: I think I'm going to die from it.

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Era já tarde e eu oscilava entre um sono faraónico e uma imensa vontade de acabar de ver o filme, e resisti heroicamente pela noite dentro e dei-me por muito feliz de ter prescindido de mais uma hora de sono para poder ver esta obra prima que viajou até mim desde o muito longínquo ano de 1946.

O preto e branco cai-lhe bem, Rita Hayworth está divinal na sua personagem debochada, desbocada, descarada, tudo o que caía mal para a época. Mais divinal ainda na sequência que se segue, em que despe a longa luva negra no meio de uma actuação tresloucada, não consegue despir mais porque é intempestivamente impedida por Johnny o seu amor/ódio, a sua vitima e ao mesmo tempo o seu carrasco.


Um argumento simples de um triangulo de amor/ ódio, num ambiente de luxúria dos casinos clandestinos de Buenos Aires.
Este ódio é tão grande, tão obsessivo que só poderia ser o resultado de um grande amor e só poderia resultar num grande amor. E acabar desta maneira deliciosa.

Johnny Farrell: I want to go with you, Gilda. Please take me. I know I did everything wrong...

Gilda: [sobbing] Isn't it wonderful? Nobody has to apologize, because we were both stinkers, weren't we? Isn't it wonderful?

Johnny Farrell: Wonderful.

sexta-feira, julho 20, 2007

SandBox



Novo album velho?
Deliciosa descoberta no fundo do baú. Tem muitas coisas diferentes, diferentes de Morphine, mas tem em toda a sua plenitude Mark Sandman, do primeiro ao ultimo acorde.
Estou a descobri-lo como se tivesse sido lançado agora, como se ainda cheirasse a novo, com o deleite de uma criança perante uma enorme novidade...
Sabe bem ter um novo album já velho para descobrir*

Mini Férias para a semana!

Três dias que espero compensem o Verão todo aqui fechada...
Campismo, boas companhias, praia e muita musica!

quinta-feira, julho 19, 2007

"Drive In"

Hoje é dia de “Drive In” no Forúm Montijo (mais uma dessas catedrais de consumo erguidas nos ultimos anos), porque é quinta-feira, porque não tenho aula e decididamente necessito de ar.
Por isso vou ao cinema e ainda apanho com a fresca da noite.
Very American way of live!



* Agora só espero conseguir sintonizar como deve ser a estação de rádio que irá transmitir o som do filme, modernices…

quinta-feira, julho 12, 2007

Fred Astaire & Rita Hayworth

Isto sim é dançar...

*A musical act from the 1941 movie "You'll Never Get Rich"

quarta-feira, julho 11, 2007

"O amor em tempos de cólera"

“Começou com a simplicidade rotineira. Nos tempos em que ainda tomava banho sem ajuda, o Doutor Urbino tinha voltado ao quarto e começou a vestir-se sem acender a luz. Ela estava, como sempre, a essa hora, no seu tépido estado fetal, de olhos fechados, a respiração ténue, e esse braço de dança sagrada sobre a cabeça. Mas estava, como sempre, meio a dormir, e ele sabia-o. Ao fim de um demorado rumor de roçar de linhos engomados na penumbra, o Doutor Urbino disse para consigo:
- Já há uma semana que tomo banho sem sabonete.
Então ela acordou de vez, lembrou-se, ficou furiosa contra o mundo, porque, de facto, se tinha esquecido de repor o sabonete na banheira.
...
Na verdade, não tinha passado uma semana, como ele dizia, para lhe agravar a culpa, mas sim três dias imperdoáveis, e a fúria de ter sido apanhada em falta acabou por faze-la sair dos eixos. Como sempre, defendeu-se atacando.
...
Cada vez, que nos três meses que se seguiram, tentaram resolver a discórdia só conseguiram atiça-la. Ele não estava disposto a voltar enquanto ela não admitisse que não havia sabonete na casa de banho, e ela não estava disposta a recebe-lo enquanto ele não reconhecesse que tinha mentido propositadamente para a atormentar.

Quando recordavam este episodio, já no remanso da velhice, nem ele nem ela podiam crer na verdade assombrosa de que aquela discussão fora a mais grave de meio século de vida em comum, e a única que lhes deu aos dois vontade de desistir e começar uma vida diferente.”


“OAmor em tempos de cólera”
Gabriel Garcia Marquez

È engraçado como uma pequena historieta dentro um magnifico romance como este nos pode chamar tanto a atenção. Porque é tão simples, porque qualquer um de nós em algum momento da vida já se chateou com outra pessoa por causa de pequenas coisinhas da vida doméstica. Porque na simplicidade das palavras, nas cores claras com que nos é pintado este quadro se encontram expressões tão humanas.
O livro ainda nem vai a meio, mas a vontade de falar sobre ele já é muita.
Ando a repetir-me, mas quando agarro num livro de Gabriel Garcia Marquez dá-me esta vontade enorme de ler os que ainda não li, de reler aqueles que já li, uma vontade imensa de que a sua obra nunca acabe.
Li também esta semana na imprensa que este livro está em vias de ser um filme.
Poderá um filme conter todas as imagens, todos os cheiros evocados, todas as sensações que um livro como este nos transmite?
Estou curiosa...

segunda-feira, julho 09, 2007

"Sense of possibility"

"Clarissa Vaughn: I remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. You know, that feeling? And I remember thinking to myself: So, this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then."
"As Horas" de Stephen Daldry

Há dias em que me sinto assim, cheia deste “sense of possibility”, parece que o mundo a mim me pertence, que a vida será exactamente daquela maneira que eu imaginei. Nesses dias o tempo deixa de ser uma grande frustração, e passa a ser o aliado, porque vemos com bons olhos o tempo que já passou e as lembranças que contém. Porque inspiramos uma lufada de ar fresco e olhamos o tempo que há-de vir com esperança, com aquela quase certeza de que tudo irá correr bem…
Será o início de felicidade?
Ou será que é mesmo ai que se é feliz e nada mais há para vir?
Há dias em que me sinto assim…”That feeling…”

sexta-feira, julho 06, 2007

"Crónica de uma morte anunciada"



“No dia em que o iam matar, Santiago Nasar levantou-se às 5.30 da manhã para esperar o barco em que chegava o bispo.”

“ – Santiago, meu filho – gritou - que tens tu?
Santiago reconheceu-a.
“Mataram-me, menina Wene – disse ele.
Tropeçou no último degrau, mas levantou-se logo.
«Teve mesmo o cuidado de sacudir com a mão a terra que tinha nas tripas», disse-me minha tia Wene. Depois entrou em casa pela porta de trás, que estava aberta desde as seis, e desabou de bruços na cozinha.”


Desde o primeiro livro que me sinto completamente apaixonada por Gabriel Garcia Marquez, por aquele mundo quase irreal que ele cria, pela maneira “oral” como nos conta as histórias. Dá-me sempre a sensação de que se fechar os olhos estarei num daqueles quintais que descreve sentada numa cadeira a ouvir um ancião a contar histórias dos antigos da aldeia, é como se ele tivesse ali a sussurrar aquelas histórias cheias de vida e de morte, de fantástico, de coisas que no fundo nunca se percebe se poderiam ter mesmo acontecido.
Gosto deste lado humano dele, ele conta sempre histórias de pessoas, e essas pessoas são sempre uma história por si mesmas.
Depois o calor dos trópicos emana dos seus livros, há um exotismo subjacente a cada nome, a cada palavra.
Há uma áurea só sua.

Esta “Crónica de uma morte anunciada”, é só mais uma história simples, cheia de pessoas, de opiniões, de visões de um facto consumado que nos é dado na primeira frase. Santiago Nasar morre nesse dia, agora vamos lá ver como foi. Agora vamos ver como este único facto mudou a vida de tanta gente, vamos ver como tanta gente pode ser cúmplice de uma morte, que foi anunciada e que ninguém em consciência conseguiu impedir.
È delicioso.

quarta-feira, julho 04, 2007

Scoop


Director: Woody Allen
Writer (WGA): Woody Allen
Release Date: 5 October 2006 (Portugal)
Genre: Comedy / Fantasy / Mystery more

Sondra Pransky: This guy is a serial killer! He could just kill at any moment!

Sid Waterman: Yeah, I heard that part. That's when I knew I was gonna make other plans.
Joe Strombel: This'll be the biggest story to hit London since Jack the Ripper.
Sondra Pransky: Jack the Ripper. Is that capitalized?
Sondra Pransky: What are you going to tell the police? "The guy owns a deck of tarot cards...” that's not a crime!
Sondra Pransky: I'm a would-be investigative reporter who has fallen in love with the object of her investigation.
Sid Waterman: We need to put our heads together.
Sondra Pransky: If we put OUR heads together, it would make a hollow sound.
Sid Waterman: You're a pretty girl. You know, I think you could probably get this guy to get interested in you.
Sondra Pransky: Oh, you're silly...
Sid Waterman: Yeah, particularly if he's got a twisted mind.
Sid Waterman: Not everything in this world is sinister... just practically everything.
Sid Waterman: You're alone up there with a very, very dangerous man! That's two "very's"!
Sondra Pransky: I wouldn't be surprised if he asked me to marry him someday.
Sid Waterman: You come from an orthodox family, would they accept a serial killer?
Sondra Pransky: Why would Peter kill a prostitute?
Sid Waterman: Because it looks bad on his resume!
Sid Waterman: I don't know what you've been smoking, but don't try to bring it through customs.

Sondra Pransky: Why don't you think about this as adding some excitement to your life?
Sid Waterman: Sweeheart, excitement in my life is dinner without heartburn after it.

Porquê tantas transcrições de diálogos? Porque são simplesmente deliciosos, rápidos e inteligentes. Acho mesmo que este “Scoop” vale por isso mesmo, pela rapidez com que as personagens pensam e falam, e inventam esta teoria da conspiração que começa com a súbita materialização do espírito do recém-falecido Joe Strombel (dentro de uma caixa de magia onde supostamente alguém se desmaterializa!) um repórter de investigação que nem depois de morto, e já a caminho da eternidade dentro da barca da morte, desiste deste “Last Big Scoop”.
Woody Allen é simplesmente hilariante, desajeitado, trapalhão mas “gracioso”, imagino que ele seja assim no seu dia-a-dia.
Sondra Pransky é uma jovem Americana aspirante a repórter que está em Londres. Inicia esta hilariante investigação após ser informada pelo espírito que que Peter Lyman, um jovem aristocrata, estaria envolvido no caso do assassino do tarot. Mas Sondra é demasiado inocente, ou demasiado volúvel, para conseguir distinguir entre a investigação e a sua vida pessoal e acaba por se envolver com o suspeito.
Tudo isto num tom surrealista, entre espíritos, barcas da morte e truques de cartas a história vai sendo contada num tom de comédia pelas ruas de Londres, em cenários crus e planos simples.
Um Woody Allen bem diferente do “Another Woman” que vi no outro dia, ainda assim um belo filme para encerrar o dia.



terça-feira, julho 03, 2007

A Dália Negra

Director:Brian De Palma
Writers (WGA):Josh Friedman (screenplay)
James Ellroy (novel)
Release Date:21 September 2006 (Portugal)


Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: Nothing stays buried forever. Nothing.
Madeleine Linscott: Elizabeth and I made love once. I just did it to see what it would be like with someone who looked like me.
The Coroner: The victim has been cut in half, all the organs removed, blood drained from the body, and the mouth sliced ear to ear.
Madeleine Linscott: [to Bucky] I think you'd rather fuck me than kill me. But you don't have the guts to do either.
Madeleine Linscott: Get the picture?
Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: Technicolor.
Russ Millard: Hollywood will fuck you when no-one else will.
Ofcr. Dwight "Bucky" Bleichert: I don't get modern art.
Madeleine Linscott: I doubt modern art gets you, either.


Senti vontade de ver este filme assim que estreou nos cinemas, e ainda dei uns prolongados olhares para a capa do livro de James Ellroy, mas o tempo passa e distraímo-nos com outras coisas.
O filme começou por ser surpreendente desde o início, esperava que fosse muito mais centrado no caso Dália Negra, mas no fim de contas este é apenas o pretexto para ser contada a história de Mrs. Ice & Mrs. Fire e o seu elo de ligação Kay Lake.
Passamos boa parte do filme a vê-los na sua vida quotidiana, a sua ascensão enquanto polícias, a sua vida a três quase onirica e pura, sem haver de facto uma ligação sexual explicita entre nenhum dos três lados do triangulo, mas no triangulo há sempre um elo mais fraco, e mais tarde esse elo irá ceder.
A Dália Negra surge um pouco mais à frente como pretexto à exploração das obsessões, de como a ânsia de poder ou de reconhecimento podem de repente desencadear comportamentos excessivos, descontrolados, fatais…
Ficou um gostinho a pouco, merecia mais tempo de antena a Dália Negra magneticamente representada por Mia Kirshner (que podemos ver na série L Word). O seu ar indefeso e assustado e ao mesmo tempo terrivelmente sexual incorporaram perfeitamente Elizabeth Short.
Surpreendeu também Hilary Swank na sua pérfida menina rica Madeleine Linscott, carregada de erotismo e maldade, sempre entre um mundo e outro onde a linha que divide o bem do mal é muito ténue.
Gostei dos diálogos, da fotografia, da banda sonora e achei a maior parte dos cenários deliciosos.
Pergunto-me se se vivia assim em 1947 em Hollywood?!
Parece demasiado à frente no seu tempo… No entanto o glamour da época está lá todo, a negro como se quer num filme Noir.

segunda-feira, julho 02, 2007

Simples...


“O Fundo das Nações Unidas para a População prevê que já no próximo ano mais de metade da população mundial esteja a viver nos grandes centros urbanos.”

Sinceramente não quero fazer parte desta estatística, nem deste trânsito arrepiante, deste stress constante, desta sensação de perda de tempo, porque o tempo aqui passa a correr e são horas rápidas, vazias que se poderiam preencher de tantas maneiras…Este fim-de-semana fiz uma viagem linda, atravessei todo o Alentejo até Beja, zona que será talvez o Alentejo na sua versão mais genuína, onde as pessoas não tem qualquer tipo de constrangimento em mostrar a sua acentuada pronuncia e onde o gerúndio se usa só porque sim, porque há tempo, há tempo até para se escolher as palavras para falar. Por esta altura do ano encontrei um Alentejo pintalgado de campos de girassóis, de campos vastos de trigo e matas ainda verdejantes. Passei por várias terrinhas simpáticas de casas baixas brancas e de faixa azul onde as pessoas se sentam á porta a ver passar os carros e a aproveitar os últimos raios de sol do fim de tarde, enquanto as crianças correm descalças ou andam de bicicleta no terreiro em frente a casa, sem pressas, sem medos. Simples.

Depois ontem estive em Grândola, no nosso monte perdido no meio de eucaliptos e pinheiros, onde ao fim da tarde cheira a horta acabada de regar e a gasóleo dos motores de tirar agua, onde no pico do verão às três da tarde parece que o tempo parou e onde conseguimos ver as ondas de calor que pairam sobre a areia que ferve.
Descalcei-me. Adoro andar descalça no monte, sujar os pés na areia sentir as ervas, andar com cuidado evitando as pedrinhas e a carumba dos pinheiros.
Fui ver as abóboras que crescem já no meio das folhas grandes que se espalham por debaixo das oliveiras, fui cuscar o ninho dos pombos que tem um novo residente ainda com penas acastanhadas e um ar amedrontado, fui espreitar debaixo das laranjeiras à procura da gata Mia e lá estava ela, esperta, ligeira e empoeirada, feliz. Saltitante e cheia de vontade de levar miminhos e festas.
Assim passei a tarde, uma tarde cheia de sensações, de coisas tão simples sempre com a companhia boa do colinho da minha mãe.
Simples.

Hoje estou aqui. Sinto uma sensação se sufoco enorme, como se no meio desta enorme selva urbana não houvesse espaço para eu respirar.

Pensei que poderia habituar-me a uma vida urbana e cosmopolita, que talvez com o passar do tempo as coisas fossem ficando mais suportáveis. Mas o tempo a passar só acentua todas as coisas que eu detesto na cidade e faz-me sentir ainda mais saudades de todas as coisas que eu adoro na vivência que se tem numa terra pequena e simples.

Talvez seja essa a razão, porque lá as coisas são simples, porque no fundo é só o que quero, que a minha vida seja simples de viver, simples de apreciar, simples de sentir.
Simples e feliz…